quinta-feira, 16 de junho de 2011

Serra da Paixão "A VIAGEM DO BARÃO TORRES A EUROPA"

Não se demora muito a Baronesa Helena entra junto com seu marido na sala para tomar o café da manhã o rosto do Barão ainda um pouco amarrotado da noite pouco dormida dona Helena com um belo vestido vermelho e um jeito imponente de se comportar até nas coisas mais simples como um café da manhã.
-         Bom dia meu filho, que cara e essa?
-         Eu por causa daquele moleque tive que me desculpar com uma escrava.
-         Que moleque e que historia e essa meu filho?
-         Eu fiz uma pergunta para Maciel e a escrava respondeu sem eu ter se dirigido a ela, eu a coloquei em seu devido lugar.
-         Atrevida essa escrava.
-         O pior e que Maciel disse que Marta não iria gostar nada do jeito como eu falei com a escrava e que se eu não pedisse desculpas à escrava, ele contaria a sua irmã.
-         Garoto esperto!
-         Papai eu não vejo qual a graça afinal eu fui humilhado.
-         Meu filho nós estamos dentro da casa do pai da sua noiva então temos que tratar as pessoas dessa casa com o maior respeito, sejam eles quem for à família têm certa simpatia com essa escrava então e melhor encurtar essa historia e deixar isso para lá.
-         Está bem meu pai.
-         Agora se cale, pois ela está vindo para cá!
-         Bom dia Baronesa.
-         Bom dia.
-         Café puro ou com leite?
-         Não precisa nos servi só deixe o bule na mesa que nós mesmos nos servimos.
-         Sim senhora.
-         Outra coisa, você viu minha filha Laiza?
-         Sim senhora ela tomou o seu café junto com Rubens e logo após saiu para conhecer a fazenda.
-         Está bem muito agradecida.
-         Não há de que.
A baronesa e o barão se servem da farta mesa enquanto aguarda Inhá Tonha se distanciar para novamente começarem a conversar, agora o assunto e o passeio da filha.
-         Laiza não e de acorda tão cedo ainda mais depois de uma noite dessas.
-         E também aquele cachorro insuportável não para de latir.
-         E como diz o Barão Manolo aqui literalmente se acorda com o cachorro.
-         Não a graça nisso meu pai.
-         Pedro você sempre mal humorado aqui se você não notou e uma fazenda e nas fazendas costumam-se criar muitos animais entre eles cachorro.
-         Edgar e Pedro esse assunto não vem ao caso eu estou falando de Laiza e não da sua noite mal dormida Pedro.
-         Perdão mamãe, mais eu não vejo nada de anormal em se acorda cedo neste lugar.
-         E o que tem este lugar Pedro?
-         Barão Manolo!
-         Isso me perdoe mais eu estava chegando e acabei ouvindo o seu comentário, por que não e nada anormal em se acorda cedo neste lugar?
-         Barão a beleza deste lugar no expira em acorda mais cedo ao contrario de não ficarmos na cama igual nós fazemos na cidade.
-         E verdade o ar puro desse lugar e o cheiro de terra molhada e convite para sairmos da cama.
-         E a senhora e o Barão dormirão bem?
-         Maravilhosamente bem Barão Manolo, mais eu vejo que sua esposa apesar de tantos atrativos da fazenda ainda não se levantou.
-         E verdade Rosa não se adaptou a essa maravilha vive falando em ir para cidade diz que a fazenda nada mais e do que negocio e deveríamos vir para cá só nos finais de semana para passeio e ver como está à colheita do café.
-         E com o crescimento comercial e a urbanização e difícil na se acostumar em viver na cidade.
-         E mais minha vida e aqui apesar de ter minha casa na cidade não consigo ficar longe da fazenda.
-         Talvez o dia a dia seja bastante diferente do que uma simples visita.
-         E Pedro você pretende morar na cidade?
-         Ainda não me decidi, eu ainda tenho que termina meus estudos para que possa pensar sobre esse assunto.
-         Espero que sua decisão seja morar por aqui na fazenda gostaria de ver meus netos correndo pelas terras de Resende.
-         Mais a plantação de café parece ser um negocio muito lucrativo e o verdadeiro ouro verde.
-         E mais a coisas estão muito complicadas e podem piorar, por aqui está cada vez mais difícil conseguir mão de obra temos que comprar escravos da região norte e o que conseguem chegar aqui chega muito debilitado com a viagem, temos que manter os olhos bem abertos, pois a todo minuto eles pensam em fugir para os quilombos sem falar nesta maldita praga que está se alastrando pelos cafezais da cidade.
-         E mais assim mesmo ainda continua lucrativo?
-          E Pedro ainda continua mais eu estou falando e do trabalho que dá a plantação e a colheita e o trabalho que dá lidar com os negros em falar nisso me acompanhe até a cidade, pois hoje tenho que resolver um problema com um deles.
-         Com certeza acompanharei o senhor até a cidade.
-         Deixaremos para após o almoço acompanharemos o teu pai até a cidade e resolveremos o que eu tenho que resolver, a não ser que Torres nos de o prazer de ficar mais alguns dias.
-         Agradeço o convite meu amigo mais eu tenho assuntos pendentes a resolver na Europa e não posso adiá-los.
Aproveitando a conversa vou lhe perdi um grande favor.
-         Pode pedir amigo sou todo ouvido.
-         Eu tenho que resolver alguns assuntos pendentes na Europa e gostaria que ficasse com Laiza e Pedro até a minha volta.
-         Será um prazer em tê-los aqui junto comigo.
-         Eu agradeço meu amigo, o assunto que eu tenho para resolver, Pedro não precisa estar presente, mais adianto que esta viagem pode ser um pouco demorada.
-         Será um prazer, enquanto ao tempo não se preocupe.
-         Bom eu fico mais tranqüilo, pois sei a família com quem deixo meus filhos. 
-         Eu agradeço pela confiança e logo mais Pedro vai comigo até a cidade.
-         Aconteceu algo amigo Manolo?
-         Coisa sem muita importância, mais eu tenho que me prevenir nesse assunto antes que ele se agrave.
-         Bem que tudo se resolva.
-         Agora tomem o seu café em paz.

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