Na grande casa da família Manhães a menina Lúcia desperta de uma bela manhã de sono.
- Olá Lucia bom dia.
- Bom dia Virginia já acordada?
- E eu acordei quase agora, mais não tive coragem de se levantar.
- Sabe se a mamãe e o papai já estão de pé?
- Ainda não escutei a voz de nenhum dos dois.
- Eu acho que hoje o café sairá mais tarde.
- Todos estão cansados da festa, uma bela festa!
- Eu vi você dançado com Leonardo sobre o que estavam conversando?
- Sobre a missa no domingo e como eu sou religiosa.
- Apressadinha você os encontros já começam na igreja!
- E você aproveitou bastante à festa?
- Sim eu não poderia estar em melhor companhia o Pascoal verdadeiramente um cavalheiro e o amor da minha vida.
- Como e bonito o noivo que Marta arrumou!
- Ela não arrumou noivo algum minha irmã o Barão Manolo e que arrumou para ela.
- Tem sorte essa menina tem um bom pai e um bom noivo.
- Não vi nem uma felicidade nos olhos de Marta.
- Deve ser emoção uma festa daquela e o pedido de noivado deixa qualquer moça com um olhar perdido e cá pra nos Marta sempre teve aquela cara de lerda.
- Não demora muito será minha vez logo Pascoal vai fazer o pedido de casamento, eu não vejo a hora.
- E não sei se mamãe vai gostar muito desse pedido!
- Eu prefiro não comentar sobre o assunto ela não gosta nem desse namoro.
- E quem sabe um dia eu estarei morando na fazenda Meriza, aquela e uma bela casa.
- E verdade o Barão e a Baronesa, têm muito bom gosto e não economizam nem nos detalhes.
- Certamente viveria como uma rainha.
- Você não tem jeito sempre pensado em riqueza e grande casamentos e coisa desse gênero.
- Você esqueceu-se de falar em belos vestidos e belas festas.
- E mais vamos viver a nossa realidade e a de hoje e levantar e preparar o café senhora Ferraz de Vasconcelos.
- Debocha mesmo Lucia! Eu quero dormir mais um pouco.
- Nada disso, sua preguiçosa pode se levantar!
Puxando o coberto e dando travesseiradas em Virginia a menina Lúcia levanta sua irmã, o sol desponta e agora está mais forte o que não segura quase ninguém na cama, na fazenda Meriza o jovem Maciel já está de pé e coloca-se a mesa para o seu café matinal.
- Bom dia Tonhá.
- Bom dia Maciel, espere que eu vou colocar o seu café.
- Tonhá o Jarty veio tomar café?
- Não aquele índio ainda não apareceu por aqui.
- Jarty não acorda tarde talvez tenha ido para o ribeirão.
- Bom seu menino ai está o café agora tome antes que esfrie.
- Está bem Inhá muito agradecido.
- Bom dia Maciel?
- Bom dia Pedro.
- E o restante da casa ainda não se levantou?
- Algumas pessoas já se levantaram sinhozinho Pedro.
- Eu não perguntei a você escrava.
- Olha Pedro eu me levantei agora não sei quem levantou primeiro do que eu, mais acho bom você tratar a Inhá Tonhá bem ela só quis ser educada, falo ainda que Marta não haja de gostar de ouvi-lo a tratando assim e se você não se desculpar agora eu vou ser obrigado a contar a Marta que você tratou Inhá Tonha muito mal só porque ela foi educada com você.
- Olha aqui Maciel eu não peço desculpa aos escravos.
- Bem você e quem sabe mais nem meu pai trata mal os escravos de dentro.
- E nesse caso eu acho que eu fui um pouco grosseiro e peço desculpa a escrava, por favor, aceite-as.
- Sinhozinho não era preciso desculpar-se.
- Bem melhor assim não e Pedro isso mostrar a educação que você tem.
- Certo que sim Maciel.
- Agora me de licença, pois eu tenho que procurar os meus amigos que e um negro e um índio se você me entende.
- Fique a vontade.
- Até.
- Até Maciel.
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